Alexandre Canatella acredita que o digital não é um canal, mas sim uma habilidade

“O futuro da alimentação é o futuro da nossa própria continuidade de forma sustentável”. Foi com essa frase que Alexandre Canatella, CEO do CyberCook e diretor de Negócios Digitais do Carrefour Brasil iniciou sua participação em mais um episódio de “O Futuro da Alimentação”, ao lado de Rodrigo Barros, CEO da Boali. Segundo ele, o tema interessa a sociedade que busca saúde, as autoridades e o varejo, uma vez que se alimentar é sobre a saúde do próprio planeta e também de uma vida melhor.

Durante o bate-papo, Canatella falou sobre algumas agendas prioritárias do Carrefour, como o investimento em marcas próprias e a melhoria em determinados processos no cultivo, este segundo inclusive com um trabalho de desenvolvimento junto aos produtores a partir de um caderno de qualidade, que envolve o bioma e as formas de trabalho nas áreas de cultivo.

Alexandre falou também sobre os protocolos de segurança e os processos que precisaram ser ajustados no Carrefour com o avanço da pandemia. Ele explicou que o grupo mudou toda estratégia durante o período crítico da crise. “Nós trabalhamos menos promoções e investimos em um grupo alimentar, através de marca própria, para evitar que os consumidores buscassem as lojas ao mesmo tempo por causa da promoção. O que aconteceu, na verdade, foi uma grande adaptação tanto do consumidor quanto dos locais onde ele encontra a alimentação.”

CyberCook contra o desperdício de alimentos

Na semana em que se comemorava o Dia Mundial da Alimentação (16/10), o CyberCook aproveitou a data para lançar uma importante discussão sobre o desperdício de alimentos nos lares. Com isso, o mercado ganhou o “Índice Aproveitômetro”, uma ferramenta para quantificar e colaborar com a redução do desperdício de alimentos que sobram a cada receita.

De janeiro a setembro, o valor economizado com o reaproveitamento de ingredientes que sobraram do preparo de receitas seria de aproximadamente R$ 2 milhões. A ferramenta se integra ao recurso “Aproveite o que sobrou”, que ajuda a encontrar novas receitas para transformar sobras de ingredientes que não foram utilizados em novos preparos.

Entre os meses de março a setembro de 2020, por exemplo, já com as medidas de isolamento e, por consequência, mais pessoas cozinhando em casa, a economia seria de cerca de R$ 1,7 milhão, um crescimento de mais de 125% em relação a dezembro de 2019, em mais de 94 mil buscas de ingredientes.

“Nós temos uma premissa muito forte aqui no CyberCook: reaproveitar ao máximo o alimento. Nós percebemos que, nos últimos tempos, o desperdício de alimentos dentro dos lares tem crescido e a ideia de criar o Índice Aproveitômetro é mostrar para as pessoas o quanto isso impacta na vida delas, inclusive financeiramente. Queremos mostrar que é possível cozinhar bem, aproveitar os ingredientes ao máximo e, ainda, economizar”, comentou o executivo.

Alexandre reforçou ainda a importância do ato de comer. Segundo ele, esta ação tem história, impacto (socioambiental e econômico) e se trata de uma discussão que não pode acontecer sem o envolvimento do consumidor, que é o maior interessado na promoção de saúde e da alimentação de um futuro melhor.

Digital como grande aliado

Na opinião do CEO do CyberCook, o digital não é um canal, mas sim uma habilidade. “Não trabalhamos com o ‘eu acho’, mas sim com algoritmos, e as evidências de dados sobre o que está acontecendo. E essa é uma das belezas da plataforma”, revelou. Alexandre comentou que as pessoas utilizam o celular na maior parte das vezes e lembrou que a pandemia acelerou a entrada de um público novo a se arriscar mais na cozinha – utilizando recursos com o CyberCook.

Sobre o futuro da alimentação, Canatella disse que se trata de uma alimentação com sustentabilidade, quer seja do ponto de vista da saudabilidade ou então do ponto de vista econômico – e esse entendimento é muito determinante. O executivo citou o Programa Mundial de Alimentos da ONU que ganhou recentemente o Nobel da Paz e com isso colocou o alimento no centro da possibilidade de geração de paz.

“Estamos olhando a fome como a possibilidade de acabar com o próprio conflito que existe dentro de tantas áreas de exceção que temos no país. O Brasil, como uma parte importante do agronegócio, tem uma responsabilidade importante de promover a alimentação mais sustentável, portanto essa é uma agenda que precisa ser tratada com muito cuidado”, finalizou.

Acesse o canal de “O Futuro da Alimentação” no youtube ou então ouça o podcast exclusivo no spotify para conferir mais detalhes sobre a conversa!

Foto: reprodução

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